A leitura é fundamentalmente
um ato cognitivo, o que significa que a percepção que se tem da
tarefa de ler e dos seus objetivos desempenha um papel determinante,
pois são esta compreensão que vai tornar operacionais e eficazes as outras
competências para a leitura. Assim, um bom leitor é aquele que, de forma
automática, foca a sua atenção para a construção de um modelo de texto,
interpretando-o.
Ler é descodificar, extrair o
significado da escrita, daí que a leitura seja
vista como um processo interativo entre
o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do
segundo.
A leitura é, ainda, vista como um processo interativo porque
diferentes leitores extraem níveis de informação diversificados sobre o mesmo
texto, pois possuem níveis de conhecimento diferentes em relação ao tema de que
trata o texto, ou seja, a informação que um leitor retira de um texto está
dependente do conhecimento que possuí sobre o assunto a que se refere o mesmo. A
leitura ajuda a criança a construir a sua identidade, a sua relação com o mundo
e a tornar-se num ser ativo e tolerante, mediante o apelo ao
imaginário, a leitura permite-lhe a transposição de universos, a vivência de
outros modos de ser, a resolução de conflitos interiores e de problemas de
ordem psicossocial.
A
escrita é um processo manual pelo qual se traduz aquilo que se passa na nossa
mente, é um processo através do qual comunicamos sob a forma de escrita, antes
de escrever a criança tem que estruturar o seu pensamento de forma a transmiti-lo
com coerência e clareza, ou seja, a competência de escrita obriga a um
crescente controlo produtivo sobre as operações lingüísticas de acesso, deste
modo, a escrita obriga a um empreendimento mais dispendioso em termos de
atenção, de memória e de tempo que se gasta para desempenhar a tarefa.
A
partir de situações concretas e vivenciadas, o pai ou educador deve
proporcionar momentos de estimulação que levem ao desejo da expressão escrita,
utilizando e diversificando estratégias de ensino/aprendizagem, é importante que
o aluno escreva por prazer sem estar preocupado com a sua correção, pois
só assim se exprime com naturalidade e sem inibições. A leitura requer menos custos de
processamento que a escrita visto que, na leitura, o sujeito não tem que
planear o seu discurso, limita-se simplesmente a processar (ler) a informação
dada por outrem. Assim, podemos concluir que a escrita é um processo
muito mais ativo que a leitura e que exige por parte do sujeito um
esforço superior.
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