quinta-feira, 6 de junho de 2013

LEITURA E ESCRITA

  A leitura é fundamentalmente um ato cognitivo, o que significa que a percepção que se tem da tarefa de ler e dos seus objetivos desempenha um papel determinante, pois são esta compreensão que vai tornar operacionais e eficazes as outras competências para a leitura. Assim, um bom leitor é aquele que, de forma automática, foca a sua atenção para a construção de um modelo de texto, interpretando-o.
   Ler é descodificar, extrair o significado da escrita, daí que a leitura seja vista como um processo interativo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo. 
  A leitura é, ainda, vista como um processo interativo porque diferentes leitores extraem níveis de informação diversificados sobre o mesmo texto, pois possuem níveis de conhecimento diferentes em relação ao tema de que trata o texto, ou seja, a informação que um leitor retira de um texto está dependente do conhecimento que possuí sobre o assunto a que se refere o mesmo. A leitura ajuda a criança a construir a sua identidade, a sua relação com o mundo e a tornar-se num ser ativo e tolerante, mediante o apelo ao imaginário, a leitura permite-lhe a transposição de universos, a vivência de outros modos de ser, a resolução de conflitos interiores e de problemas de ordem psicossocial.
    A escrita é um processo manual pelo qual se traduz aquilo que se passa na nossa mente, é um processo através do qual comunicamos sob a forma de escrita, antes de escrever a criança tem que estruturar o seu pensamento de forma a transmiti-lo com coerência e clareza, ou seja, a competência de escrita obriga a um crescente controlo produtivo sobre as operações lingüísticas de acesso, deste modo, a escrita obriga a um empreendimento mais dispendioso em termos de atenção, de memória e de tempo que se gasta para desempenhar a tarefa.
    A partir de situações concretas e vivenciadas, o pai ou educador deve proporcionar momentos de estimulação que levem ao desejo da expressão escrita, utilizando e diversificando estratégias de ensino/aprendizagem, é importante que o aluno escreva por prazer sem estar preocupado com a sua correção, pois só assim se exprime com naturalidade e sem inibições. A leitura requer menos custos de processamento que a escrita visto que, na leitura, o sujeito não tem que planear o seu discurso, limita-se simplesmente a processar (ler) a informação dada por outrem. Assim, podemos concluir que a escrita é um processo muito mais ativo que a leitura e que exige por parte do sujeito um esforço superior.

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